Lustosa da Costa, há 3 dias:
Demagogia
Nos últimos tempos, cresceu o número de empresários na vida pública. E, com sua presença, a demagogia da austeridade da redução de salários dos que exercem cargos públicos. Chegamos ao extremo de remunerar com pouco mais dez mil reais um ministro de Estado. Que não pode viver nem sustentar a família com tal quantia. A solução tem sido, em tempos mais honestos, lhes dar um "bico", ou seja: lugar num conselho de empresa estatal, para lhe complementar a remuneração.
Salários dignos
Parece que, agora, vão pagar salários condignos a ministros de Estado. Menos do que ganham jornalistas de televisão de cadeia nacional, mas o suficiente para vida digna. Agora, a demagogia persiste quando Lula fala em adquirir avião novo para a Presidência da República. Quando do Aerolula, a imprensa golpista difundiu a ideia de que o presidente ia comprar um jatão de primeira linha para ele. Agora que se vê que o avião foi adquirido para o Estado, volta a toada quando ele fala em comprar aparelho condigno para bem transportar o governante brasileiro a outros países. Bons tempos eram aqueles em que empresários ganhavam pouco, nos cargos que exerciam, mas suas empresas faturavam milhões e eles ganhavam outras, sem tirar um real do bolso, somente por conta do exercício do posto.
Quer dizer que R$ 10 mil por mês é uma merreca, um salário incapaz de “sustentar dignamente uma família”? Em que mundo Lustosa da Costa vive? Caso ele não saiba, não são poucos os brasileiros que vivem dignamente, mas com um rendimento inferior à R$ 10 mil mensais. Boa parte da classe média brasileira é assim. Caso não saiba, os salários dos ministros de Estado são pagos com recursos públicos e estes são conseguidos via tributação (i. e., pagamento obrigatório e coercivo), ao passo que os salários dos empresários são fruto do labor de suas empresas. Por que raios então deveríamos apoiar salários mais altos para ministros de Estado, sendo o Brasil uma país com tantos pobres e tantas mazelas sociais?
Pelo visto, ele acha que um reajuste de quase 62% é mostra de que o Brasil “agora é primeiro mundo”. Bem, se é assim, imagine se ele visse como funciona as coisas nesses países. Não há nada que comemorar nesse reajuste.
Para quem se diz tão preocupado com a situação dos mais pobres, é uma mancada indesculpavel.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
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