domingo, 22 de maio de 2011

"Amadores", de Pedro Sette-Câmara



Se eu estivesse em Belém do Pará na semana passada, eis uma peça de teatro que eu assistiria com todo gosto.

Será que será encenada em Fortaleza, quando eu por lá estiver?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Leituras Virtuais 14

Estrategistas do dia seguinte
Percival Puggina fala dos palpites que pululam na internet sobre a morte de Osama bin Laden.

Lição de diplomacia
A diplomacia americana durante a crise de Honduras. Por Olavo de Carvalho.

Cidadania, favela e milícia: as lições de Rio das Pedras
Marcelo Burgos analisa o problema das milícias com base no caso mais emblemático, o da favela Rio das Pedras.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sobre a Culpa, a Existência e a Consciência Moral, Ou O Retrovisor Necessário

Tá, sei que o texto é “notícia velha” (72 dias é um bocado de tempo para o jornalismo), mas o assunto é atemporal. Por isso, ainda merece ser discutido.

Em “Espelho retrovisor”, o psicanalista Luís Olímpio Ferraz Melo, pretendendo desvalorizar o sentimento de culpa, comete desatinos que não se podem deixar passar em branco. Vamos ao artigo:

No trânsito, o espelho retrovisor tem importância significante, pois pode auxiliar o motorista a evitar acidentes - somente isto.

Bom, evitar acidentes não é algo que se possa dizer ter uma importância “somente”. Por acaso, evitar um atropelabento ou uma colisão é uma banalidade?

No entanto, o sujeito utiliza na vida cotidiana o olhar no passado, como se estivesse permanentemente vigiando e com medo do que passou. A maioria das pessoas está presa ao passado e remoendo situações que não poderão mais ser modificadas e por conta disto sofrem com sentimentos de culpa e remorso pelo que fizeram ou deixaram de fazer. Chegam a glorificar o lado negativo do passado, mas não dão o mesmo destaque aos fatos positivos que aconteceram. É cruel o sentimento de culpa e há pessoas que acreditam carregar toda a culpa do mundo até por fatos que não deram causa.

De facto, viver com o pasado na mente paralisa, impede-nos de tomar as atitudes necessárias no presente, da mesma forma que a ansiedade pelo porvir. Devemos viver o hoje, baseado nas lições do passado e nos planos e possibilidades para o futuro. É uma atitude bem diferente da de glorificar o lado negativo do passado (que é uma forma de ressentimento), bem como de idealizá-lo como um paraíso perdido.

Mas, de que raios ele fala quando diz que “é cruel o sentimento de culpa e há pessoas que acreditam carregar toda a culpa do mundo até por fatos que não deram causa”? Quiçá teremos a resposta adiante.

Freud dizia que o sentimento de culpa no homem nasce ainda na fase masturbatória - a mulher queixa-se de certo arrependimento após o ato masturbatório. A mulher que, por qualquer motivo, praticou o aborto, sente-se profundamente culpada por este ato extremo, mas que deve ser esquecido e creditado à imaturidade e ao desespero.

Nem sempre a prática do aborto pode ser creditada à imaturidade e ao desespero da gestante, pois diversos factores podem influir na decisão. Não é algo que possa ser reduzido a uma resposta tão simplista.

Claro está que a mulher que se sente culpada por este acto abominável mostra, apesar do que cometeu, ter algo de bom e digno em seu coração e esta bondade pode fazê-la se redimir e tornar-se uma pessoa melhor. Só um monstro frio e insensível (ou alguém que a esta condição foi reduzido) poderia simplesmente esquecê-lo e buscar justificativas (sim, isso mesmo) como estas para apaziguar seu próprio ego. Uma experiência traumática como essa normalmente não é esquecida- e nem deveria sê-lo.

As religiões contribuíram negativamente para a glorificação da culpa na civilização, inclusive, os 7 pecados capitais da Igreja foram cada um vinculados a um demônio; e algumas seitas religiosas exortam a castração e o autoflagelo, como forma dos fieis se penitenciarem por faltas que não cometeram. Qual a importância do passado no presente? Nenhuma! Os arquivos mentais servem apenas para registrar experiências; e não para se ficar remoendo fatos, desejando, em vão, modificar o que passou.

Quando vejo alguém falar que “as religiões isso ou aquilo” já fico com um pé atrás, uma vez que entre elas encontram-se tantas diferenças e complexidades que é deveras difícil para alguém afirmar coisas como as que lemos acima. Não é tarefa para qualquer um.

Entretanto, falo da religião que melhor conheço: a doutrina (infalível) dos 7 pecados capitais, Sr. Luís Olímpio Ferraz Melo, não existe para “aliviar o ego” de ninguém, mas sim para orientar as pessoas quanto à gravidade desses pecados. Faz parte das obrigações de uma boa mãe (e a Santa Madre Igreja é uma boa mãe) alertar ao seus filhos o que é mal para eles e o quanto isso é mal. Que tipo de mãe seria aquela que permite que seus filhos se exponham a perigos mortais sob a justificativa de que “ah, é tão ‘cruel’ dizer um não! Faça o que melhor lhe apetecer, meu filho”? O ensinamento sobre o pecado e sobre os Novíssimos do Homem (Morte, Juízo, Céu e Inferno) serve para ensinar os homens a pesarem sua liberdade com a responsabilidade – e isso parece ser algo muito difícil para tantos hoje em dia! -, não para, como está em seu artigo, “glorificar a culpa”.

Qual a importância do passado no presente? Imensa!!! Nossos actos têm consequências que se projectam para o futuro e, às vezes, para o resto de nossas vidas, não se lembra disso?* Como viver o hoje se me esqueci do que foi ontem? Se a vida humana é um conjunto de compartimentos isolados no tempo ( e falta aqui saber que unidade de tempo é essa que recorta as nossas vidas, apartando-as de vez umas das outras ao ponto de que se tornem apenas contactáveis como uma curiosidade para entreter-nos nos tempos de ócio), para quê elaborar projectos um mesmo dizer “vamos em frente!”? Tudo isso vai passar de forma a que não terá significado no momento seguinte. Seguindo o conselho do articulista, nada poderemos aprender com nossas experiências, pois elas fazem parte desse “inútil” passado.

Mas o melhor (ou pior) ainda está por vir:

Ninguém deve se sentir culpado, pois é da natureza humana o erro e, essa ideia equivocada de pecado e punição, jamais terá comprovação, pois trata-se apenas de alegorias. A Bíblia diz que o primeiro assassinato ocorreu quando Caim matou o seu irmão, Abel, por ciúmes e alguns exegetas míopes enxergaram nisto uma expiação para toda a humanidade; assim como o pecado original descrito na Bíblia e pelo qual todos ainda hoje teriam que responder. Ora, se Adão e Eva foram expulsos por Deus do Paraíso pelos supostos pecados, nós nada temos a ver com isto! Dane-se a culpa!

1)Fugir da culpa “porque dói” é atitude digna de fracotes e covardes que não podem arcar com as consequências de seus próprios actos. Isso quando não se tratar de psicopatias, já que o retrato da conduta ideal traçado pelo articulista nas primeiras linhas desse parágrafo lembra-me o de Mersault, o personagem psicopata de Albert Camus em L’Étanger, aquele que mata um homem sem saber bem o por quê e que reage com a maior indiferença ao seu próprio julgamento, bem como a diversos factos de sua vida. Ele não sente nenhuma culpa por seus actos porque é totalmente incapaz de o fazer. Já imaginaram isso: uma sociedade de irresponsáveis ou de psicopatas?

2)Pior fica agora, quando o colunista, pretendendo ir a fundo em sua tese, demonstra uma ignorância gigantesca em teologia: a doutrina do pecado original, um dos dogmas da Igreja, ensina que, após suacriação, o Homem, não aceitando seu status de criatura e , seduzido pelo poder do Demônio, com desejos de se igualar a Deus, rebelou-se contra seu Criador. Isso acarretou a perda do estado de Graça com o qual havia sido criado, além de outras consequências graves (medo de Deus, dificuldade de conhecer a Deus, ruptura da harmonia de toda a Criação, etc.). O Homem, criado para ser o jardineiro de Deus no Édem, a obra-prima das criaturas terrestres, perdeu sua ciência infusa e foi condenado a ser prisioneiro do pecado, do qual é libertado por Jesus Cristo. O Padre Leo Trese explica isso de uma forma bastante esclarecedora em seu livro A Fé Explicada: “Se, antes de eu nascer, um homem rico tivesse oferecido a meu pai um milhão de dólares em troca de um pequeno trabalho, e meu pai tivesse recusado a oferta, na verdade eu não poderia culpar o milionário pela minha pobreza. A culpa seria de meu pai, e não do milionário”. O pecado original é essa pobreza que os homens herdaram de Adão. Entendeu, Sr. Luís Olímpio Ferraz Melo? Eis o que temos a ver como o que os nossos primeiros pais fizeram.

____________________________________
* Só para dar um exemplo bem claro: um dia, no passado, o Sr. Luís Olímpio Ferraz Melo decidiu ser psicanalista. Os efeitos dessa decisão repercutem até hoje. Será que ele pode se furtar a isso dizendo “é só o passado, o que importa é o Agora. Em frente!”?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Leituras Virtuais 13

A transparência cristã de João Paulo II
D. Javier Echevarría fala da eficácia evangelizadora de João Paulo II.

Is Osama bin Laden in Hell?
Jimmy Akin mostra porque, à luz da doutrina cristã, não podemos afirmar a condenação eterna do líder da AL-Qaeda.

The Three Temptations of Facebook
Jennifer Fulwiler comenta os três principais males que as redes sociais podem fazer à alma de alguém.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aos meus queridos espanhóis

Sacrifício de Amor

Sacrifícios, Dificuldades, privações,
Um continuo pelear-se em mortificações.
Tudo isso por Amor.

Os homens do século, incapazes de crer
Que isso seja verdadeiramente viver:
Tudo isso por Amor.

Pensam que no gozar da terra está a vida,
Ignoram que o mundo é só o ponto de partida.
Não conhecem o Amor.

No Reino a realização, verdadeira meta
C’ardor, para Cristo vamos como uma seta,
Um grande ardor de Amor!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama Bin Laden morto. Morto?



Por ora, não dá para opinar sobre o caso. Vou esperar por mais informações.

domingo, 1 de maio de 2011

Servo de Deus, João Paulo II, Beato!!!




MAGNÍFICO!!! É o que posso dizer!

Dia memorável!

Servo de Deus,João Paulo,rogai por nós!!!!!!