segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mais um Convertido!

Eu não podia deixar de indicar aqui esse testemunho de conversão de um ex-presbiteriano ao catolicismo. Li-o ontem mas, por problemas de conexão com a internet, só hoje o poderei postar. Ponho o link para que os leitores acompanhem bem a história, mas gostaria de deixar transcrever os seguintes trechos:

O Presbiterianismo é basicamente nas doutrinas formuladas por João Calvino, que junto com Martinho Lutero é um dos maiores expoentes da chamada Reforma Protestante. Calvino era virulentamente anti-católico e seus escritos são quase todos voltados ao ataque à Igreja Católica. Eu gostava muito desses escritos, principalmente pelo fato de que, a príncipio, eram todos fielmente baseados na Bíblia, o que mais tarde descobri não ser verdade. Apesar de gostar muito destas leituras, o ataque quase obsessivo ao Catolicismo me incomodava embora nesta época eu ainda nem sonhasse em um dia me tornar católico. Incomodava-me mais, pela obsessão, pela tentativa contumaz de (tentar) destruir as bases sob as quais se assentam a Igreja Católica.

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Ainda nesta época a questão das imagens me incomodava muito, bastante, embora eu já houvesse lido muitos argumentos à favor como por exemplo este, do papa Gregório Magno: “Tu não devias quebrar o que foi colocado nas Igrejas não para ser adorado, mas simplesmente para ser venerado. Uma coisa é adorar uma imagem, outra coisa é aprender, mediante essa imagem, a quem se dirigem as tuas preces. O que a Escritura é para aqueles que sabem ler, a imagem o é para os ignorantes; mediante essas imagens aprendem o caminho a seguir. A imagem é o livro daqueles que não sabem ler” (epist. XI 13 PL 77, 1128c).
Ora, eu havia aprendido no meio evangélico (não só na presbiteriana, mas em todas as igrejas) que o Catolicismo promovia a idolatria e que adoravam imagens e principalmente a Virgem Maria. Resolvi então descobrir por mim mesmo, se assim fosse, isso seria abominável e mesmo satânico. Pois bem, este texto que transcrevi acima é apenas uma pequena amostra dos muitos outros que pouco a pouco foram me fazendo mudar de idéia. Resolvi ler o CIC (Catecismo da Igreja Católica), ensino oficial da mesma sobre o assunto.
Claro que hoje compreendo bem o porquê e o para que das imagens, mas não pense que foi fácil, na verdade, foi uma luta terrível, eu queria - e quero - fazer a vontade de Deus e por isso buscava-O intensamente, precisava saber o que fazer! em relação á este assunto, uma das descobertas mais formidáveis que fiz foi a de que os cristãos, ainda no tempo das grandes perseguições, já utilizavam imagens! Nossa! Isso caiu como uma bomba sobre minha cabeça já um tanto atordoada. Foi uma descoberta que me desconcertou e então resolvi deixar de lutar contra a minha consciência. Claro que não sai correndo e enchi minha casa de imagens de tudo o que é santo, não era essa a questão e isso nem era importante, ter ou não as imagens, mesmo para a Igreja Católica é algo secundário e não fundamental. O que se precisa deixar claro, isso sim, é a finalidade que damos à elas, como a utilizamos.


Gostaria ainda de observar que os ataques virulentos e contraditórios que os materialistas do século XIX lançaram ao cristianismo fizeram despertar em Chesterton o interesse pelo cristianismo, após anos de uma vida pagã, e desse estudo saiu um dos autores cristãos leigos mais sérios e reputados.

Quanto à objeção protestante ao uso e veneração das imagens, é algo que me espanta, já que os argumentos que usam (ou, pelo menos, os que já ouvi)são fraquíssimos e não resistem a uma reflexão mais cuidadosa. E isso o Marcos J. Siqueira fez bem.

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