quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sobre o resultado das eleições



Há muito que prometi comentar sobre as eleições presidenciais deste ano. Não quero ser redundante, já que outros posts meus já indicam o que penso, bem como já vi diversas análises bem melhores do que esta minha que ora se lê, de modo que o que aqui vai não é mais do que um comentário baseado nalgumas informações e noutras suposições, e não um tratado científico.

O governo de Dilma Rousseff tem tudo para ser pouco mais do que uma continuação do governo Lula e, por conseguinte, do Foro de São Paulo. Dilma não deve mudar radicalmente a política econômica (herdada, em suas linhas gerais, do tão amaldiçoado FHC), vai continuar com seus programas assistencialistas, sua retórica ufanista, seu apoio a regimes e governos iníquos (Ahmadinejad, Hugo Chávez, Evo Morales, e o ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya), seu execrável PNDH-3.

As mudanças, entretanto, acontecerão: a tentativa de legalizar o aborto deve ganhar novo fôlego, a patrulha politicamente correta deve recrudescer, os mensaleiros deverão voltar e ser reabilitados na medida do possível; o Foro de São Paulo tem tudo para expandir seu poder pelo Brasil e, acima de tudo, agora quem estará no poder de facto será o PT puro e simples. Digo isso baseado na conversa com um amigo gaúcho, que me contou do que se passou no Rio Grande do Sul quando o PT por lá mandou e desmandou por anos: o poder estava antes nas mãos do partido do que na do mandatário eleito.

Com o pleito de 2010 o Brasil perdeu mais uma vez a chance de uma renovação de sua política, de praticar a rotatividade de poder. Nem digo que perdeu a chance de eleger um liberal ou conservador depois de mais de 1 década e meia de esquerdismo dos antigos perseguidos pelo regime militar, uma vez que um candidato com este perfil estava ausente na lista dos presidenciáveis e, infelizmente, deve continuar ausente por um tempo. Cada vez mais se mostra verdade o que diz Olavo de Carvalho. Que a política brasileira é uma competição entre partidos de esquerda. Existem esforços para mudar isso mas, por enquanto, todo sigue igual.

É, as previsões não são muito lá boas para o futuro político do Brasil. Resta aos que se opõem a isso reagir. É hora de rezar e lutar!

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