sexta-feira, 14 de agosto de 2009

TEMPO

Não há muito que percebi que uma das coisas mais preciosas que temos é também uma das mais desperdiçadas e desvalorizadas: o tempo. Sim, o mesmo do qual falamos o tempo todo. Os dias, os meses, as horas, os minutos, os anos. Cada tempo que passa.

Até há pouco eu não tinha muita noção do tempo. Fazia projectos e mais projectos de futuro sem saber como os pôr em prática, gastava tempo e energia com leituras pouco relevantes, debates inúteis, pessoas insignificantes, sites medíocres, actividades infrutíferas. Para usar um clichê, eu sentia que tinha todo o tempo do mundo, e que não havia por quê me preocupar. Era só curtir o momento e deixar as grandes realizações que eu queria para o futuro para depois. Depois, quando? Bom, eis a questão.

Acontece que não somos imunes à passagem deste mesmo tempo, alvo de tantos descasos. Um dia atentei para o seguinte: tenho 26 anos, estou, portanto, mais perto dos 30 do que dos 20; ainda tenho de terminar a faculdade; tenho de trabalhar e ainda não aprendi muito do que quero saber. Como não ver aí os efeitos do desperdício do tempo? São ou não provas dos problemas da falta de um plano de vida organizado, consistente e que não procrastina?

Foi por meio dessas reflexões com um pano de fundo autobiográfico que mudei. Na verdade, ainda estou mudando. Seleciono cada vez mais minhas leituras, minhas companhias e os sites a frequentar; clarifico melhor meus objectivos e busco realizá-los o quanto antes. Firmei um compromisso comigo mesmo: nesta curta vida que me foi dada por Deus, não quero e não vou dispender meu tempo com picuinhas. Valorizarei mais o meu tempo. Não tenho um minuto a perder.

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