segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Presidenciais em Portugal, 2011



Ontem foram as eleições presidenciais em Portugal. Confesso que só acompanhei a coisa toda no início, quando inda estava por lá. Também admito que não me empolguei muito por nenhum dos candidatos presentes.

Cavaco Silva, o presidente que buscava a reeleição e que era o mais à direita deles (pelo menos, de quase todos eles, pois não conheci os nanicos) não me parece bem o presidente direitista que desejava: muito neutro em várias questões, pouco fez contra a legalização do aborto no país (embora, creio, pouco mais poderia fazer), como também ratificou a espúria lei permitindo o casamento entre homossexuais com o canhestro argumento de que, se não fosse aprovada, geraria uma grande polêmica que dividiria o país numa época de tão grave crise económica e isso seria inaceitável, como se o país já não estivesse dividido e o assunto fosse de pequena importância. Fez silêncio muitas vezes, embora, quando da sua eleição em 2006, prometesse uma “presidência forte”, o que assustou a alguns, receosos de que o país caminhasse para o presidencialismo. A razão do medo? Eu não sei.

Entretanto, folgo em saber que ele reelegeu-se. Como disse, não o considero um grande PR, mas é sem dúvida uma opção bem melhor do que Manuel Alegre ou Francisco Lopes. Antes um mezzo conservatori do que autênticos esquerdistas, embora mezzo conservatori não sejam lá grandes soluções. A esquerda política portuguesa já é grande demais e tem muito poder.

No mais, é torcer por Portugal e acomanhar o desenrrolar dos acontecimentos.

P.S.: E vale lembra que, ao contrário do “presidente-operário-que-chegou-lá”, Cavaco Silva não enfrentou nenhum escãndalo de corrupção em sua Presidência.

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